Google+ TimeOut Brasil: LENDAS ETERNAS : SÉRIE - ÍDOLOS DA DÉCADA DE 50

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

LENDAS ETERNAS : SÉRIE - ÍDOLOS DA DÉCADA DE 50

 
 
Olá amigos e amantes do basquete !
Dando continuidade a série ''Ídolos da Década de 50'', nesta semana falarei de mais um ídolo do passado da franquia Hawks, seu nome é CLIFF HAGAN, irei apresentar sua vida e sua história, sempre lembrando aos nossos leitores que esta série está quase chegando ao fim e certamente estarei preparando uma matéria super especial, pois aqui as lendas definitivamente são eternas...

 
UM FORTE ABRAÇO E ESPERO QUE CURTAM !

CLIFF HAGAN

 
 

Clifford Oldham “Cliff Hagan nasceu no dia 9 de dezembro de 1931, na cidade de Owensboro, em Kentucky. O ala, depois de ser campeão do Estado pelo colégio de mesmo nome da cidade, foi para a Universidade de Kentucky, onde foi treinado pelo lendário técnico Adolph Rupp. Rupp foi o treinador de Kentucky por 42 anos, vencendo impressionantes 82.2% de seus 1.056 jogos e faturando 4 títulos da NCAA. Logo em seu ano de calouro, Hagan ajudou os Wildcats, apelido da equipe, a conquistar o campeonato sobre o Kansas State por 68 a 58. No ano seguinte o time mais uma vez chegou longe mas, apesar dos 21.6 pontos e 16.5 rebotes por jogo de Hagan, o time não repetiu o sucesso. Para a temporada seguinte, um escândalo envolvendo 4 jogadores dos Wildcats, acusados de facilitar resultados de jogos para apostas, fez a Universidade ser suspensa do torneio por um ano, primeira vez que tal pena foi imposta. Após o terceiro ano, Cliff se tornou elegível para o draft e foi escolhido na terceira posição pelos Celtics. Seu colega de time, Frank Ramsey, também foi escolhido pelos verdes, porém no primeiro pick. Contudo, ambos jogadores preferiram jogar o último ano a que tinham direito pela Universidade antes de se aventurarem na NBA. Hagan fez 24 pontos, coletando 13.5 rebotes por jogo em sua derradeira temporada pelos Wildcats. Em 91 embates pela equipe, o craque venceu nada mais nada menos que 86 vezes.
 
Frank Ramsey e Cliff Hagan
 
 
NBA
 
Antes de entrar na liga, Hagan serviu por 2 anos seu país na Aeronáutica, atitude muito comum na época. Com seus direitos atrelados ao Boston Celtics, Cliff Hagan foi parte de uma das trocas mais importantes da história da NBA, se não a mais importante. Junto com o pivô Ed Macauley, Hagan foi negociado com o St. Louis Hawks, equipe que detinha o direito da primeira escolha do draft deste ano. Red Auerbach, treinador dos Celtics, estava louco para ter Bill Russell no time, mas o jogador dificilmente escaparia até a vez de escolha dos celtas. Acabou, depois de mutia insistência, conseguindo essa troca com os Hawks, que, por já possuir o cracaço Bob Pettit no garrafão, acabou menosprezando Russell. O resto da história todo mundo já sabe: Russell e os Celtics foram 11 vezes campeões em harmonia e o pivô detém até hoje o maior número de anéis conquistados por um jogador. O que pouca gente conhece é o outro lado da história. O lado de Cliff Hagan e dos Hawks.
 
 
 
 
Na verdade a culpa de pouca gente conhecer o lado dos Hawks é justamente dos Celtics. De 1957 à 1961, o St. Louis dominou o Oeste, cravando a melhor campanha em cinco anos consecutivos e vencendo a Conferência em quatro. Porém, havia uma pedra no caminho. Uma pedra chamada Boston.
 
Em sua temporada de novato, Hagan jogou minutos limitados – 14.5 por jogo – e marcou pouco mais de 5 pontos por embate. Viu sua equipe liderar a Conferência e chegar à final, enfrentando os Celtics pela primeira vez. Numa série sensacional, o time de Russell venceu por 4 a 3, dando início a era dourada da franquia. Começava ali uma das primeiras rivalidades da história da NBA.
 
Em 1957-58, seu jogo evoluiu bastante e Cliff agarrou a vaga de titular com 20 pontos e pouco mais de 10 rebotes por partida. Seu aproveitamento de 44.3 % representou a segunda melhor marca da temporada e o ala foi chamado para seu primeiro Jogo das Estrelas, além de ser escolhido para a Segunda Equipe Ideal da Liga. O time mais uma vez liderou o Oeste e novamente chegou às Finais contra o Boston. Além de Hagan, a equipe contava com Bob Pettit, craque indiscutível do time, o bom pivô Ed Macauley e o experiente armador Slater Martin, tetracampeão com o Minneapolis Lakers anteriormente. Nos playoffs o ala teve atuação espetacular, com 27.7 pontos de média, superior inclusive à de Pettit, e contribuiu demais para devolver a derrota do ano anterior. Com 4 jogos a 2, os Hawks faturavam o primeiro e, até agora, último título de sua história. Se o MVP das Finais já existisse, não seria surpresa se Hagan fosse o premiado, mesmo tendo Pettit ao seu lado.
 

 
O ano seguinte mostrou uma contínua evolução de Cliff. O ala atingiu 23.7 pontos por partida e foi novamente eleito para a Segunda Equipe Ideal da Liga. Mesmo com a adição de Clyde Lovellette ao plantel, os Hawks falharam em chegar à decisão pelo terceiro ano consecutivo, perdendo para os Lakers de Elgin Baylor nas Finais de Conferência por 4 a 3.
 
Com Lovellette mais inserido no time, os Hawks contaram com uma das mais produtivas linhas de frente da história do jogo na temporada 1959-60. Bob Pettit com 26.1 pontos e 17 rebotes, Lovellette com 20.8 pontos e 10.6 rebotes e Hagan com 24.8 pontos e 10.7 rebotes formavam um trio extremamente poderoso no garrafão. Donos do Oeste mais uma vez, do outro lado o temido Boston Celtics os esperava para o tira-teima, lembrando que cada equipe havia derrotado a outra em uma oportunidade. Em outra série espetacular, os Celtics bateram o cansado time do St. Louis no jogo 7 (que já havia jogado 7 partidas contra os Lakers) por 122 a 103, com direito a 22 pontos e 35 rebotes de Bill Russell e faturaram seu quarto título da NBA.
 

O já ótimo plantel dos Hawks contou com a chegada do excelente armador Lenny Wilkens, vindo do draft, para a temporada 1960-61. Wilkens era negro em um time composto quase que exclusivamente por brancos e sofreu com isso. Esse time dos Hawks é considerado um dos mais racistas de todos os tempos – lembrando que o racismo ainda era bem forte nos EUA – e Cliff Hagan era o único atleta da equipe a tratar Wilkens com igualdade. Ponto pra ele! A chegada do armador na equipe coincidiu com a última excursão desse elenco a uma final de NBA. O adversário? Bem, o adversário não poderia ser outro que não aquele time que venceu 11 títulos seguidos e fez muito craque encerrar a carreira sem um troféu. Os já imbatíveis Celtics venceram dessa vez com mais facilidade, perdendo apenas uma partida e encerrando a rivalidade contra os Hawks com 3 títulos a 1. Hagan anotou 22.1 pontos por partida na temporada regular.
 
 
Após um ano inexplicavelmente fraco, em que o time não passou da quarta posição de sua Conferência, os Hawks chegaram 3 vezes à final do Oeste de 1962 a 1966, entretanto, sem obter sucesso de voltar à grande Final. A essa altura, Hagan já havia caído de produção, anotando, respectivamente, 15.5, 18.4, 13 e 13.7 pontos por embate em suas últimas 4 temporadas.
 
 
Depois de um ano parado, Cliff foi sondado pelo Dallas Chaparrals, da recém-fundada ABA, para assumir o cargo de jogador-treinador. Hagan topou, e aos 36 anos, estreava na liga. Mesmo em idade avançada, Hagan fez uma ótima primeira temporada, marcando 40 pontos em seu primeiro jogo e terminando o ano com 18.2 pontos por embate e a convocação para o All-Star Game. O craque jogou até 1970 e encerrou definitivamente a carreira de jogador participando de apenas 3 partidas em seu derradeiro ano.
 
 
 
Hagan é conhecido como um mestre dos ganchos, jogada muito utilizada lá atrás e que até hoje possui alguns adeptos. Era muito rápido e ágil, e sua força impressionava até os jogadores mais altos (Cliff tinha 1.93m). Essa combinação o fazia uma arma mortal jogando perto da cesta. O ala jogou 745 partidas na NBA, anotando 18 pontos e 7 rebotes por jogo durante o período. Seu aproveitamento de 45% era excelente para a época, assim como seu lance-livre: 80%. Foi eleito 2X para a Equipe Ideal da Liga e convocado para 5 All-Star Games (jogou apenas 4, estava contundido em 1958). Peça fundamental de um título e de 3 vices, Hagan está, sem dúvida, entre os grandes de sua geração. Em 1978, foi nomeado para o Hall da Fama do basquete.
 
 
Em 1972, Hagan voltou para a Universidade de Kentucky, como o da escola assistente diretor atlético e assumiu o cargo em 1975. Ele renunciou em novembro de 1988 e foi substituído por único companheiro de Kentucky Newton de M. C., o treinador de basquete cabeça na Universidade de Vanderbilt , no ano anterior.
Em 1993, da Universidade de Kentucky renomeou seu campo de beisebol em honra de Hagan. Anteriormente, ele tinha sido conhecido como centro de esportes Bernie A. Shively .
 
Cliff Hagan á sua esquerda
 
 
 

PRÊMIOS

5x NBA All-Star (1958-1962)
ABA All-Star (1968)

2x All-NCAA First Team (1952-1954)
2x All-NBA Second Team (1958,1959)


1x Campeão da NBA  (1958)
Naismith Memorial Basketball Hall Of Fame (1978)
  

Dados

Posição/Camisa: Ala / 16
Altura / Peso: 1,93 m / 95 kg
Data e local de nascimento: 09 Dezembro de 1931, Owensboro (Kentucky).
Anos na NBA: 1956-1969
NBA Draft: 1953 / Rodada: 3 / Escolha: 24 (Boston Celtics)
College: Universidade de Kentucky
Times: St. Louis Hawks (1956-1966), Dallas Chaparrals (1967-1969)
Médias: 18,0 pontos, 6,9 rebotes, 3,0 assistências
Totais: 13.447 pontos, 5.116 rebotes, 2.242 assistências

 


2 comentários:

  1. Semana-a-semana esta coluna está melhor, parabéns Copola!!!

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    1. Obrigado chefe, e esperamos melhorar ainda mais com a adicao de videos retros q irao demonstrar um pouco mais da carreira destes grandes astros da nba.
      Abcs

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