Google+ TimeOut Brasil: LENDAS ETERNAS : SÉRIE - ÍDOLOS DA DÉCADA DE 50

sexta-feira, 26 de julho de 2013

LENDAS ETERNAS : SÉRIE - ÍDOLOS DA DÉCADA DE 50

 
 
Olá amigos, companheiros e leitores do Timeout Brasil !
Semana passada, postamos matéria sobre a vida e história de BOB COUSY, que fez sucesso e história no Celtics e foi participante de uma época de ouro para esta franquia. Entretanto nesta semana para não deixarmos de lado esta época marcante dos Celtics, apresentaremos outro grande astro deste período, trata-se de BILL SHARMAN.
Sua vida e sua história vocês conhecerão a partir de agora...
UM FORTE ABRAÇO !!!
 

 

BILL SHARMAN




 PRÉ
 
Você com certeza se lembra (se não for o próprio) daquele cara no colégio que era bom em todos os esportes. No futebol era o melhor. Aí no dia do basquete ele desequilibrava. Nunca tinha jogado vôlei na vida, mas também se destacava. Até no handebol tinha a manha. Já conheceu alguém assim né? Pois se você tivesse nascido na década de 40, em Potterville, na Califórnia, e estudasse na Potterville High School o faz-tudo em questão seria um moleque chamado William Walton Sharman, mais conhecido como Bill Sharman.
 
Bill Sharman nasceu no dia 25 de maio de 1926 e desde cedo já mostrava talento para o esporte. Durante o colegial, na Escola de Potterville, capitaneava os times de basquete e futebol americano, além de jogar baseball, disputar campeonatos de tênis e praticar diversas modalidades de atletismo.
 
Graduado, Sharman casou com uma senhorita chamada Ileana Bough e se alistou no exército. De volta dois anos depois, foi para a Southern Califórnia University, onde continuou se destacando jogando tanto baseball quanto basquete. Neste último foi eleito para a Equipe Ideal da América e se tornou duas vezes MVP da conferência pacífico.
 
Em 1950, indeciso de qual esporte seguir carreira, Sharman assinou com o Brooklyn Dodgers, time de baseball da Minor League, espécie de D-League do baseball e no mesmo ano foi draftado pelo Washington Capitals, da NBA. De 1950 a 1955, Sharman praticou ambos os esportes, algo totalmente inimaginável atualmente.
 
 
NBA
 
O ala-armador começaria sua brilhante carreira no finado Capitols. Apesar dos minutos limitados, Bill marcou 12.2 pontos por partida, com 88.9% de aproveitamento em lances-livres, já demonstrando a ótima pontaria que o caracterizaria durante os anos.
 
Ao término da temporada, o time de Washington abandonou a liga e um draft de dispersão foi realizado no qual o jogador foi escolhido pelos Pistons. Porém, quem queria o jogador era Red Auerbach, lendário treinador dos Celtics. Aguçado como (quase) sempre, o olhar de Auerbach não falhou e Sharman acabou sendo negociado com o Boston, time que passaria o resto de sua carreira. Seu primeiro ano na equipe foi discreto, com 10.7 pontos por embate e a eliminação para os Knicks nos playoffs.
 
O “Sniper” começaria a se destacar a partir da temporada 1952-53. Com 16.2 pontos (sexta melhor marca da liga), 43.6% de aproveitamento nos arremessos (quarta melhor) e 85% nos lances-livres (líder), Sharman foi eleito pela primeira vez para a Segunda Equipe Ideal da Liga e debutou no Jogo das Estrelas. Na pós-temporada, mais uma derrota para o New York, agora nas Finais de Conferência.
 
Daí pra frente Bill Sharman foi evoluindo ano a ano, formando com Bob Cousy a dupla de armadores mais famosa de seu tempo e uma das melhores da história. Sua média de pontos foi subindo, eventualmente se tornando o cestinha do time, sua precisão nos arremessos o manteve entre os principais da NBA e seus lances-livres eram quase automáticos, liderando o campeonato neste atributo por 7 vezes, recorde em todos os tempos.
 
BOB COUSY E BILL SHARMAN, DUPLA DE SUCESSO
 
Contudo, apesar do baita time, os Celtics não conseguiam vencer o título. Foram anos seguidos caindo antes até de chegar à grande finalíssima. Até que, antes da temporada 1956-57, dois jogadores desembarcaram em Boston. Um deles foi Tom Heisohn, ala-pivô histórico do time celta. O outro era um tal de Bill Russell, um dos maiores jogadores que o basquete já viu. O garrafão do time estava feito para complementar a ótima dupla de armação.
 
O êxito veio logo no primeiro ano com os novos reforços e Bill Sharman, assim como seus companheiros mais antigos, puderam se livrar do estigma dos playoffs. E como se livraram. Era o começo da maior dinastia da história dos esportes americanos.
 
 
Depois de mais uma brilhante temporada e com Sharman alcançando sua melhor média de pontos na carreira, com 22.3 por partida, os Celtics chegaram novamente à decisão da NBA contra o St. Louis Hawks, mesmo time que tinham vencido no ano passado. Contrariando os prognósticos e maravilhosamente liderados por Bob Pettit, os Hawks aproveitaram a revanche e faturaram o primeiro e único título de sua história. A esta altura, Bill era presença constante em todos os All-Star Games e já computava sua quarta eleição para a Equipe Ideal da Liga. Seria o último revés da franquia durante um bom tempo.
 
Nas três temporadas seguintes, mais 3 troféus para Bill e os Celtics. O time era uma máquina com Cousy, Sharman, Frank Ramsey, Sam Jones, Heisohn, Russell, entre outros. O jogador encerraria a carreira em 1961, marcando 16 pontos por jogo e mais uma vez liderando a liga em aproveitamento nos lances-livres.
 
 
Sharman foi um dos grandes arremessadores da história do jogo. Era um especialista de três quando ainda nem existia tal regra. Um sniper. Mortal. Ainda possui o recorde de maior número de lances-livres convertidos seqüencialmente nos playoffs: 56. Nunca foi batido. Era também um ótimo defensor. Extremamente competitivo, se envolvia regularmente em brigas e confusões. Jerry West, craque dos Lakers, disse uma vez que Bill Sharman se envolveu em mais brigas quando jogava do que Mike Tyson. Pois é.
 
Em 12 anos de carreira. Bill Sharman foi eleito quatro vezes para a Equipe Ideal da Liga, três vezes para a Segunda Equipe, participou de 8 All-Star Games e liderou a liga em lances-livres por 7 vezes. Ganhou 4 anéis e com uma média de 17.8 pontos por jogo, marcou um total de 12.665 tentos. Acertou 42.6% de seus arremessos e 88.3% dos lances-livres que cobrou. Também foi eleito um dos 50 maiores jogadores da história da liga em 1996.
 
 

PÓS
 
Logo que encerrou a carreira, Bill assumiu o cargo de técnico do Los Angeles Jets, time da American Basketball League, em 1961. Com o abandono da equipe no meio da temporada, Sharman passou a dirigir o Cleveland Pipers, com o qual foi campeão do torneio em 1962.
 
O ex-jogador começaria sua carreira de técnico na NBA no San Francisco Warriors em 1966-67. Foi vice-campeão da liga, perdendo para o Philadelphia 76ers, comandado pelo monstro Wilt Chamberlain. Em 1968 foi para a ABA, onde foi campeão na temporada 1970-71 pelo Utah Stars. De volta à NBA no ano seguinte, começou a treinar o Los Angeles Lakers, principal rival do time que defendeu praticamente sua vida inteira e onde era um grande ídolo. Acabou levando o troféu para casa no mesmo ano, se tornando o único treinador até hoje a faturar títulos em três competições profissionais diferentes. Além disso, levou o prêmio de técnico do ano.
 
Depois de comandar os Lakers por mais quatro anos, Sharman assumiu o função de General Manager da franquia em 1976 e ficou até 1982, sendo um dos responsáveis pela chegada de Magic Johnson à equipe. Na seqüência tomou as rédeas da presidência, cargo que ocupou até 1988 e é, até hoje, consultor especial do time californiano.
 
 
 

Prêmios

 
8x NBA All-Star (1953-1960)
4x All-NBA First Team (1956-1959)
3x All-NBA Second Team (1953,1955,1960)
4x Campeão da NBA  (1957,1959-1961)
NBA MVP (1955)
NBA’s 50th Anniversary All-Time Team - 1996

 

Dados

Posição/Camisa: Ala-Armador / 10 (Capitols), 21 (Celtics)
Altura / Peso: 1,85 m / 79 kg
Data e local de nascimento: 25 Maio de 1926, Abilene (Texas).
Anos na NBA: 1950-1961
NBA Draft: 1950 / Rodada: 2 / Escolha: 16 (Washington Capitols)
College: Porterville, California
Times: Washington Capitols (1950-1951), Boston Celtics (1951-1961)
Médias: 17,8 pontos, 3,9 rebotes, 3,0 assistências
Totais: 12.665 pontos, 2.779 rebotes, 2.101 assistências
 
 
FONTE: THE CLASSIC NBA

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